Tratou-se de projeto de ensino que dialogou conteúdos entre a Sociologia e a Antropologia
procurando habilitar o alunado para o reconhecimento e respeito à sociodiversidade cultural
existente no Brasil, e para a consciência crítica e reflexiva acerca da importância da alteridade na
relação com quem é diferente de “nós”.Teve como o eixo central a noção de cultura, inicialmente,
centrou-se a atenção em quais valores, modos de pensar, sentir e agir se desenvolveram no contexto
urbano associado à expansão e consolidação da sociedade moderna capitalista e, posteriormente o
foco de estudo foi deslocado para outras formas de construções de modos de viver e concepções de
existência em contextos de comunidades rurais, quilombolas e indígenas, conquistando deste modo
o acesso dos alunos aos diferentes modelos de sociedade, desconstruindo a referência hegemônica
das sociedades ocidentais modernas. O projeto visou desenvolver o reconhecimento e o respeito pelas múltiplas
possibilidades de construir modos de pensar, sentir e agir no mundo, formando competências para a
desnaturalização de conceitos e práticas tomados como parâmetros universais de verdade e que
engendram as discriminações sociais e o racismo na sociedade contemporânea, assim revendo
pré-conceitos contra as sociedades ditas “tradicionais”, além de ressignificar o ser/estar no mundo
urbano de forma teórica, prática e vivencial.