Oficina de dança com o professor Clodoaldo Arruda
Corpos em conexão: dança-espaço-performance
A oficina busca acolher significados e reconhecer a dança como uma fronteira expressiva que amplia e estabelece conexões. Criando momentos singulares, projetivos e de intersecções, a partir do corpo disponível e receptivo a identificar possíveis ligações que surgem de processos individuais em direção ao coletivo. Com uma abordagem didática fundamentada na prática da dança contemporânea, o jogo se inicia a partir de uma interação proximal, revisitando e estabelecendo vínculos com nossas tradições orais. As lendas constituem componentes fundamentais da história e da cultura de Cuiabá, especialmente no que se refere àquelas mantidas nas comunidades ribeirinhas. As canoas balançadas pelo Minhocão do Pari, nas margens do rio Cuiabá, constituem uma inquietação que perturba os pescadores dessa localidade. A grandiosidade do corpo-minhocão, por inspirações artísticas, pode ser comparável ao poder que os cuiabanos atribuem ao ser mítico para, possivelmente, zelar e preservar o rio de extrema importância para a cidade. Força de existência e resistência, ou a apreciação da grandiosidade do rio, que se encontra no espaço, bem como sua relevância como criador de vidas tangíveis e fictícias. Todo corpo pode dançar, criar a sua dança. O que determina o ato de dançar em cada corpo? Qual é a sua dança? Juntos, como dançamos? É preciso visualizar o corpo que dança. Para a oficina, foi pensado o corpo-minhocão, visualizado, a priori, como um corpo articulado que, por conexões determinadas, finas, projetivas e relacionais, faz mover o corpo-minhocão na sua totalidade concreta e simbólica. A oficina utiliza a intersecção de abordagens desenvolvidas por Klauss Vianna, Rudolf Laban e as mesclas de Pina Bausch nas artes do teatro, dança e performance. A oficina representa um espaço de reflexão por meio de diálogos e encontros entre indivíduos, assim como em contextos coletivos, sendo também um ambiente que é moldado por acontecimentos.
Os participantes devem vestir roupas adequadas à realização de atividades corporais.