Identificar o racismo estrutural que está está nas instituições, leis e costumes, não apenas em atitudes individuais. Perceber e combater a representatividade simbólica: o modo como corpos negros são retratados e seus lugares sociais. Destacar as alternatividades que despontam-se como resistencias frente ao sistema racista. O minicurso tem como objetivo provocar reflexão crítica e consciente sobre as formas contemporâneas do racismo vivenciadas pelas juventudes, a partir da escuta, leitura e análise da música Rezadeira, de Projota. A proposta parte da arte como dispositivo pedagógico para discutir identidade, representatividade, ancestralidade e resistência, conectando a linguagem musical com as vivências sociais dos jovens. Durante duas horas de atividades interativas, os participantes são convidados a identificar como o racismo se manifesta de maneira estrutural, simbólica e subjetiva no cotidiano, e como pode ser enfrentado por meio da valorização da cultura negra, da solidariedade comunitária e da reinterpretação crítica de narrativas hegemônicas. Os principais pontos abordados no minicurso são:
Identidade e Autopercepção Juvenil: reflexão sobre como os jovens constroem sua identidade em meio a estereótipos raciais, sociais e midiáticos.
Compreensão do Racismo Estrutural e Simbólico: distinção entre preconceito individual e racismo como estrutura social que afeta oportunidades, linguagem e autoestima.
Análise Crítica da Música “Rezadeira”: leitura interpretativa dos versos e símbolos presentes na obra de Projota, destacando a figura da rezadeira como metáfora da resistência, fé e ancestralidade negra.
Vivências do Racismo nas Juventudes: discussão sobre situações concretas em que o racismo aparece em escolas, redes sociais, ambientes de trabalho e nas relações cotidianas.
Desconstrução de Padrões e Práticas Racistas: reconhecimento de atitudes e discursos normalizados que reproduzem o racismo, e construção de alternativas éticas e coletivas.
Expressão e Reexistência pela Palavra: criação de versos, frases ou manifestações simbólicas que representem a resistência juvenil frente ao racismo, ressignificando o ato de “rezar” como forma de luta e afirmação identitária.