O projeto Rota da Ancestralidade comemorou, em 2024, 9 anos de existência promovida por ativistas negros que buscam positivar a imagem da população afro-brasileira no Centro Histórico de Cuiabá, mobilizando um conjunto de iniciativas, entre as quais se destacam o afroturismo. A Rota da Ancestralidade se manifesta como um projeto que busca acessar a memória da população negra e tem em seu horizonte um conjunto de ações que extrapola, e muito, especificamente, o caminhar pela cidade, a cada 40 dias, sendo marcada por 7 pontos de parada, onde cada uma delas traz narrativas que envolvem protagonismo negro e, ao mesmo tempo, informações que nos conectam ao continente africano. Durante o trajeto, é acionado um conjunto de sensibilidades que remonta a tradição oral, tais como: música (capoeira e atabaque), cantos (de capoeira e das religiões de matriz africana), contos e poemas (trazidas pelos convidados dos encontros, estando estes os moradores mais antigos), narrativas cientificas (mediante a participação de pesquisadoras e ativistas), alimentos que remetem às tradições afro (prescrevendo a colaboração alimentar negra dentro das casas de axés e dos quilombos) e danças (que envolvem religião de matriz africana e capoeiras).
Para isso, propomos uma caminhada que imprima uma consciência histórica crítica do nosso passado promovendo o combate ao racismo e a desigualdade racial, subsidiada por iniciativas inclusivas e gratuitas.