De acordo com Bauman (2001), vivemos numa época em que a vida é instantânea e a busca por satisfação se pauta no imediatismo. Nesse sentido, a velocidade das informações, a virtualidade das relações e a rápida mudança de padrões sociais afetam as formas de pensar, de sentir e de agir das pessoas no “mundo líquido”, o que, por sua vez, influencia diretamente nas relações educacionais.
Bauman (2016) destaca, ainda, que imediatismo e educação são contraditórios, logo, essa relação apresenta-nos um problema que precisa ser enfrentado sob pena da multiplicação daquilo que Morin (2015) chama de “paradigma da simplificação”, algo que prejudica a construção e emancipação do pensamento e que, por consequência, estimula a propagação de informações falsas ou incompletas e abrem espaço para discriminação e preconceitos.
Assim, é preciso reconhecer a dinâmica de influência que a tecnologia torna possível à nossa época e a partir dessa dinâmica repensar ações de ensino que se pautem na coletividade, reagrupamento de unidade e diversidade, da contextualização do conhecimento e na superação das fronteiras das disciplinas (MORIN, 2015).
Desse modo, este GT se interessa por trabalhos de pesquisa e/ou relatos de experiências que reflitam sobre o ensino de línguas e literaturas na modernidade, seja sob perspectivas teóricas ou práticas.
BAUMAN, Zygmunt. A fluidez do mundo líquido de Zygmunt Bauman. Entrevista. Disponível em: https://www.fronteiras.com/leia/exibir/a-fluidez-do-mundo-liquido-de-zygmunt-bauman Acesso em 06 mar. 2023.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Sindicato Nacional dos Editores de Livros, 2001.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015.