ROTAANCESTRALIDADE

A Rota da Ancestralidade

A Rota da Ancestralidade é um movimento de valorização da história e da cultura cuiabana, sobretudo da contribuição e influência de africanos, afro-brasileiros(as) e indígena nesse território.Tendo como foco pontos principais do centro histórico de Cuiabá, a Rota da Ancestralidade busca rememorar a passagem de agentes históricos negros e indígenas que fizeram história nessa cidade. Sujeitos esses que por séculos ficaram a margem da sociedade, invisibilizados e excluídos(as).

Local: Centro Histórico de Cuiabá (Ver Mapa)

Data: 11/11/2023 a 11/11/2023 (Ver Programação)

Vagas: 50

A Rota da Ancestralidade é um movimento de valorização da história e da cultura cuiabana, sobretudo da contribuição e influência de africanos, afro-brasileiros(as) e indígena nesse território. Tendo como foco pontos principais do centro histórico de Cuiabá, a Rota da Ancestralidade busca rememorar a passagem de agentes históricos negros e indígenas que fizeram história nessa cidade. Sujeitos esses que por séculos ficaram a margem da sociedade, invisibilizados e excluídos(as).

Muitos desses agentes históricos, negros, negras, indígenas e pessoas pobres, construíram o centro histórico de Cuiabá trazendo consigo técnicas, vivências e experiências que fizeram desses patrimônios materiais marcas de um período de construção não só da cidade de Cuiabá, mas também da população cuiabana. No caso da população indígena que habitava a região, os Bororos, suas contribuições estão presentes em nosso dia a dia, seja na aparência da população cuiabana que se assemelha a essa etnia, como no linguajar cuiabano, na culinária, no modo de ser e diversos saberes. Mas que infelizmente os livros de história, os nomes das ruas, os monumentos erguidos e os feitos aclamados escondem esse passado e as pessoas que realmente fizeram parte desse processo. Dando lugar a outros sujeitos históricos como o colonizador branco e da elite.

Ruas, becos, vielas, e construções arquitetônicas diversas, erguidas por mãos negras e indígenas ao se tornarem patrimônios materiais revelam um padrão estético e hegemônico de valorização colonial europeia. Ocultando a presença e participação desses agentes.

A política patrimonial é na maioria das vezes excludente, ao valorizar e destacar a influência europeia e menosprezar a presença e participação de outros agentes. Sobretudo a população negra e indígena. Isso ocorre porque os patrimônios são discursos também, e nesses discursos vários grupos são excluídos como construtores e pertencedores desses patrimônios. Diferentes formas de participação dessas populações estão de fora dos patrimônios edificados do Brasil. Esses edifícios e espaços que não se liga as feições portuguesas não são alvos das políticas públicas, ficam de fora dos mecanismos legais. Ficam de fora dos tombamentos materiais. Ou quando tombadas invisibilizam esses sujeitos. Situações essas comuns no Centro histórico de Cuiabá, onde pouco ou quase nunca aparecem agentes negros e/ou indígenas como protagonistas desses patrimônios.

Precisamos ressaltar que nas últimas décadas, sobretudo “a partir dos anos 2000, em um contexto internacional influenciado pela UNESCO”[1], pela participação de movimentos sociais nacionais e pesquisas acadêmicas, ocorre uma virada fundamental para revisão dessa dívida com os agentes partícipes da história brasileira que por séculos foram excluídos. Passa-se a direcionar os olhares ao patrimônio imaterial. Quando as políticas de patrimônio imaterial começam a inserir os grupos que ficaram de fora dos patrimônios materiais (indígenas, africanos, afro-brasileiros,).

 

[1] FILHO, Manuel; ABREU, Regina Maria. A antropologia e o Patrimônio Cultural no Brasil. In: Antropologia e o Patrimônio Cultural: Diálogos e desafios contemporâneos. Blumenau: Nova Letra, 2007.  p.34-35

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