Coletânea: Desenvolvimento e Educação I e II
Capítulo 15: Ensino Médio na Educação do Campo: A experiência da Escola Estadual Florestan Fernandes como contraponto à escola burguesa.
Autores: Rose Márcia da Silva e Ivonei Andrioni
Orgs: Bruno Miranda Neves, Gaudêncio Frigotto, Pedro Guimarães Pimentel, Michelle Pinto Paranhos, Jordan Rodrigues dos Santos, Carlos Alberto Gomes Pimentel Júnior, Caroline Andrade Fernandes.
A quarta revolução industrial, caracterizada por um processo de avanço tecnológico que torna inexistentes as fronteiras entre o físico, o biológico e o digital, surge como algo inevitável. A mesma crença está relacionada aos efeitos dessa revolução, a saber: impacto ecológico, aprofundamento da desigualdade, concentração de riquezas, extinção do diferente ... Agora, estamos decididos a viver nesse futuro? Esta é a pergunta que procuram responder - responder ao conjunto de artigos que se expressam nesta magnífica obra. Grande parte das obras vai além da reflexão necessária e se compromete a propor caminhos concretos, historicamente construídos e em construção, que configurem uma alternativa tangível para um futuro mais humano e democrático para todos. A leitura das obras pode ser feita de duas formas. O primeiro deles visa propor uma análise da realidade, bem como o relato de propostas alternativas ao modelo capitalista e hegemônico neoliberal, que vão desde a sala de aula e centros educacionais, passando pela sociedade e atingindo o continente latino-americano e o mundo global. Outra chave de leitura tão interessante como a anterior se deve aos temas que as obras abordam: o contexto (social, cultural, econômico e global), a presença necessária da diversidade nos diferentes níveis de trabalho e o desenvolvimento tecnológico, o papel do a ciência e a tecnologia nos processos de construção e aprofundamento da igualdade, a necessidade de reinventar métodos de organização e participação da classe trabalhadora, o papel dos centros educativos e as estratégias específicas de ensino. Finalmente, dois sublinhados: o primeiro nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, projeto concreto e historicamente em construção que, sem dúvida, mostra qual é o caminho; a segunda sobre a importância de gerar conhecimento a partir de uma perspectiva histórica crítica, sem a qual nós, educadores, estaremos expostos às nossas vivências, vivências e alternativas se dissolvendo e não deixando rastros.